A astrologia é uma ciência verdadeira, embora somente uma pessoa intuitiva e espiritualmente desenvolvida seja capaz de corretamente interpretar um horóscopo. Todas as coisas do céu e da terra estão inter-relacionadas; o cosmos inteiro é uma estrutura unificada. O Guru, Paramahansa Yogananda, ressaltou que a mais elevada das ciências é a meditação em Deus – Aquele que criou as estrelas e os planetas, conferindo-lhes suas influências características.
Cada um dos doze signos astrológicos (zodiacais) possui um aspecto bom e outro mau. As qualidades de cada signo podem ser bem ou mal utilizadas. Cada signo tem defeitos e virtudes distintos. Entretanto, não é um signo astrológico que determina o caráter de uma pessoa, mas sim o seu grau de desenvolvimento espiritual. Um homem bom tirará o melhor partido do signo sob o qual nasceu, seja ele qual for. Por outro lado, um homem de baixa evolução espiritual, não saberá tirar proveito de sua configuração zodiacal, mesmo que esta lhe seja favorável.
Visto que cada homem já nasceu ou vai nascer ainda muitas vezes sob cada um dos distintos signos astrológicos, devemos encarar este assunto de maneira impessoal. Quanto mais o homem se universaliza em seus pontos de vista, tanto menos será afetado, limitado ou caracterizado por seu signo solar.
Deus fez o céu e a terra e Deus fez também a alma do homem. A alma não está sujeita a nenhuma limitação ou condição do mundo dos fenômenos. O sábio busca primeiramente o conhecimento do Criador e não o da criação.
Muitos estudantes de astrologia têm a tendência de se tornarem fanáticos pela astrologia em si mesma, perdendo de vista o objetivo do caminho espiritual – a busca de Deus. Se procurarmos executar a Sua vontade, estaremos em sintonia com o Infinito. Esta meta é muito melhor e muito mais gratificante espiritualmente do que procurar analisar astrologicamente a nós mesmos e aos outros.
O medo supersticioso que algumas pessoas têm da astrologia, transforma-as em autômatos -- dependentes servis de uma orientação mecânica. O homem sábio conquista seus planetas - melhor dizendo, seu passado - transferindo sua devoção da criação para o Criador. Quanto mais o homem realiza sua unidade com o Espírito, tanto menos será ele influenciado pela matéria. A alma é eternamente livre, e não está sujeita à morte porque jamais nasceu. A alma não pode ser governada pelos astros".
Swami Sri Yukteswar em "Autobiografia de um Iogue"
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